Entre dos océanos: Historias conectadas de Trabajo, Raza y Género en Las Américas (XVI-XIX) (Spanish/Portuguese)
Fidel Rodríguez Velásquez
Pontificia Universidad Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
Gabriela Mitidieri
Pontificia Universidad Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
Instituto de Investigaciones de Estudios de Género (UBA)
En los últimos años, el trabajo y sus mundos han vuelto a estar presentes en las preocupaciones historiográficas para indagar en el pasado de las Américas. Este interés no solo ha aportado una mirada crítica para repensar las jerarquías, la coacción y la violencia que lo caracterizaron (y caracterizan), sino sobre todo para examinar la agencia, la negociación, las conexiones y las estrategias de quienes desde abajo debieron actuar en medio de diversas formas de desigualdad. Partimos de una tradición de Historia social y cultural del Trabajo para pensar las heterogéneas realidades laborales en las Américas. Este campo de estudios ha situado en el centro a las y los trabajadores, sus familias, redes de apoyo, espacios de socialización y vidas en movimiento enriqueciendo la noción de “mundos del trabajo” al evidenciar que las experiencias laborales se entrelazan con valores culturales, identidades políticas y relaciones raciales y de género. Se trata de una historiografía fértil que amplió la mirada más allá de las fábricas, el sindicato y del obrero varón blanco como sujeto privilegiado. Así como de las periodizaciones clásicas que situaron el trabajo como un subproducto del capitalismo y de la revolución industrial.
Desde este ángulo buscamos contribuir al campo de la historia global / historia conectada del trabajo, centrados en el periodo que abarca del siglo XVI al XIX, reuniendo reflexiones enfocadas en cómo las relaciones raciales y de género moldearon dichos mundos laborales. Buscamos explicitar cómo los imaginarios colectivos sobre la diferencia se inscriben en las dinámicas laborales, reforzando, cuestionando y subvirtiendo las jerarquías establecidas. Queremos hacernos eco de estas conversaciones entrelazadas, apostando a sumar voces de jóvenes historiadores e historiadoras del sur global, muchas veces soslayadas en el debate en esta clave historiográfica. Al indagar en estas ausencias, podemos señalar, por un lado, la disparidad en términos de acceso a fuentes de financiamiento y el hábito de ponderar el inglés como lengua predilecta para narrar la historia de las Américas. Pero, por otro, el peso de las tradiciones historiográficas que muy frecuentemente han hecho del nacionalismo metodológico su punto de comienzo y de fin.
Nos interesa reunir perspectivas que trastoquen, amplíen o reformulen ese nacionalismo metodológico en las Américas y que pongan en primer plano las circulaciones laborales transnacionales de personas, ideas y prácticas. Alentamos especialmente a que, dentro de esta convocatoria, haya lugar para historias conectadas entre el océano Atlántico y el océano Pacífico, así como los circuitos laborales a lo largo del Pacífico que permitan tensionar la centralidad atlántica. Para ello, invitamos a investigaciones que empleen explícitamente metodologías de historias conectadas (por ejemplo: estudios de casos múltiples, análisis de redes, prosopografía, o microhistoria transnacional) y que incluyan propuestas interdisciplinares (historia, antropología, sociología, estudios de género) para abordar los cruces entre raza, género y trabajo. Entendemos que situar las Américas en el centro de este análisis abre la posibilidad de examinar de forma comparada y relacional procesos como la colonización, el movimiento de poblaciones, la implantación de diversas formas de coerción laboral, y la formación de mercados y redes de intercambio global. En este sentido, alentamos la presentación de contribuciones en diferentes idiomas (español, portugués, inglés y francés) y buscamos con la modalidad híbrida impulsar la participación de investigadores con acceso limitado a financiamiento o a espacios de difusión académica.
Fecha límite de recepción de resúmenes: 31/05/2025
Fecha de recepción de resúmenes extendidos (hasta 12 páginas): 15/09/2025
Envío a: gmitidieri@gmail.com / fidelrodv@gmail.com
Entre dois oceanos: Histórias conectadas de Trabalho, Raça e Gênero nas Américas (séculos XVI-XIX)
Fidel Rodríguez Velásquez
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
Gabriela Mitidieri
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Instituto de Investigaciones de Estudios de Género (UBA)
Nos últimos anos, o trabalho e seus mundos voltaram a ocupar um lugar central nas preocupações historiográficas ao investigar o passado das Américas. Esse interesse não apenas trouxe um olhar crítico para repensar as hierarquias, a coerção e a violência que o caracterizaram (e ainda caracterizam), mas, sobretudo, para examinar a agência, a negociação, as conexões e as estratégias daqueles que, desde baixo, tiveram que agir em meio a diversas formas de desigualdade. Partimos de uma tradição de História social e cultural do Trabalho para pensar as realidades laborais heterogêneas nas Américas. Esse campo de estudos colocou no centro os trabalhadores e trabalhadoras, suas famílias, redes de apoio, espaços de socialização e vidas em movimento, enriquecendo a noção de “mundos do trabalho” ao evidenciar que as experiências laborais estão entrelaçadas com valores culturais, identidades políticas e relações raciais e de gênero. Trata-se de uma historiografia fértil que ampliou o olhar para além das fábricas, dos sindicatos e do operário branco do sexo masculino como sujeito privilegiado. Assim como das periodizações clássicas que situaram o trabalho como subproduto do capitalismo e da revolução industrial.
A partir dessa perspectiva, buscamos contribuir para o campo da história global / história conectada do trabalho, com foco no período que vai do século XVI ao XIX, reunindo reflexões sobre como as relações raciais e de gênero moldaram esses mundos laborais. Procuramos explicitar como os imaginários coletivos sobre a diferença se inscrevem nas dinâmicas de trabalho, reforçando, questionando e subvertendo hierarquias estabelecidas. Queremos ressoar essas conversas entrelaçadas, apostando na inclusão de vozes de jovens historiadores e historiadoras do sul global, muitas vezes negligenciadas no debate historiográfico. Ao investigar essas ausências, podemos apontar, por um lado, a disparidade no acesso a fontes de financiamento e o hábito de privilegiar o inglês como língua principal para narrar a história das Américas. Por outro lado, destacamos o peso das tradições historiográficas que frequentemente fizeram do nacionalismo metodológico seu ponto de partida e de chegada.
Nos interessa reunir perspectivas que questionem, ampliem ou reformulem esse nacionalismo metodológico nas Américas e que priorizem as circulações laborais transnacionais de pessoas, ideias e práticas. Encorajamos especialmente que, dentro desta chamada, haja espaço para histórias conectadas entre o oceano Atlântico e o oceano Pacífico, bem como os circuitos de trabalho ao longo do Pacífico, capazes de tensionar a centralidade atlântica. Para isso, convidamos pesquisas que empreguem explicitamente metodologias de histórias conectadas (por exemplo: estudos de casos múltiplos, análise de redes, prosopografia ou micro-história transnacional) e que incluam propostas interdisciplinares (história, antropologia, sociologia, estudos de gênero) para abordar os cruzamentos entre raça, gênero e trabalho. Entendemos que situar as Américas no centro dessa análise abre a possibilidade de examinar de forma comparada e relacional processos como a colonização, o movimento de populações, a implantação de diversas formas de coerção laboral, e a formação de mercados e redes de intercâmbio global. Nesse sentido, incentivamos a submissão de contribuições em diferentes idiomas (espanhol, português, inglês e francês) e buscamos, com a modalidade híbrida, ampliar a participação de pesquisadores com acesso limitado a financiamento ou a espaços de divulgação acadêmica.
Referencias clave / Referências-chave
Aram, Bethany. "¿Entre dos mares? Reflexiones a partir de la Historia Atlántica y hacía tres conceptos de la Historia Global." Nuevo Mundo Mundos Nuevos. Nouveaux mondes mondes nouveaux-Novo Mundo Mundos Novos-New world New worlds (2019).
Barragán, R. (2019). Trabajo y trabajadores en América Latina (siglos XVI–XXI). Centro de Investigaciones Sociales (CIS).
Barragán, R., & Zagalsky, P. C. (2023). Potosí in the global silver age (16th–19th centuries). Brill.
Chalhoub, S. (1990). Visões da liberdade: Uma história das últimas décadas da escravidão na corte. Editora Companhia das Letras.
Chalhoub, S., & Teixeira da Silva, F. (2009). Sujeitos no imaginário acadêmico: Escravos e trabalhadores na historiografia brasileira desde os anos 1980. Cadernos AEL, 14(26), 11–49.
Cowling, C. (2018). Concebendo a liberdade: Mulheres de cor, gênero e abolição da escravidão nas cidades de Havana e Rio de Janeiro. Editora da Unicamp.
De Vito, C. G., Schiel, J., & Van Rossum, M. (2020). From bondage to precariousness? New perspectives on labor and social history. Journal of Social History, 54(2), 644–662.
Echeverri, M., & Ferreira, R. (2023). Shades of unfreedom: Labor regimes in Latin America in the nineteenth century. In M. Echeverri & C. Soriano (Eds.), The Cambridge companion to Latin American independence (pp. 276–311). Cambridge University Press.
Ferreira, R. (2013). Biografia como história social: O clã Ferreira Gomes e os mundos da escravização no Atlântico Sul. Varia Historia, 29, 679–719.
Fontes, P. (2008). Um nordeste em São Paulo: Trabalhadores migrantes em São Miguel Paulista (1945–66). FGV Editora.
Fontes, P., Fortes, A., & Mayer, D. (2017). Brazilian labour history in global context: Some introductory notes. International Review of Social History, 62(S25), 1–22. https://doi.org/10.1017/S0020859017000645
Galeano, D. (2019). Delincuentes viajeros: Estafadores, punguistas y policías en el Atlántico sudamericano. Siglo XXI Editores.
Hoffnung-Garskof, J. E. (2020). Migraciones raciales: La ciudad de Nueva York y la política revolucionaria en el Caribe español, 1850–1902. Maize Books.
Lara, S. H. (2021). Palmares & Cucaú: O aprendizado da dominação. Edusp.
O’Donnell, J., & Pereira, L. A. de M. (2016). Cultura em movimento: Natalie Davis entre a antropologia e a história social. História Unisinos, 20(2), 131–142.
Pereira, L. (2020). A cidade que dança: Clubes e bailes negros no Rio de Janeiro (1881–1933). Editora Unicamp.
Popinigis, F., & Cruz Terra, P. (2019). Historiografia da escravidão e do trabalho no Brasil: Avanços e desafios. In R. Barragán (Coord. y comp.), Trabajos y trabajadores en América Latina (siglos XVI–XXI) (pp. [xx–xx]). Vicepresidencia del Estado Plurinacional de Bolivia.
Schettini, C. (2019). El dinero de las prostitutas. Trabajo sexual y circuitos inmigratorios entre Río de Janeiro y Buenos Aires (1907–1920). In C. Schettini & J. Suriano (Comps.), Historias cruzadas: Diálogos historiográficos sobre el mundo del trabajo en Argentina y Brasil (pp. [xx–xx]). Teseo.
Scott, R., & Hébrard, J. (2015). Papeles de libertad: Una odisea transatlántica en la era de la emancipación. Uniandes.
Van der Linden, M. (Ed.). (2008). Workers of the world: Essays toward a global labor history (Vol. 1). Brill.
Vergara Figueroa, A., & Cosme Puntiel, C. L. (Eds.). (2018). Demando mi libertad: Mujeres negras y sus estrategias de resistencia en la Nueva Granada, Venezuela y Cuba, 1700–1800. Editorial Universidad Icesi. https://doi.org/10.18046/EUI/escr.16.2018
Prazo final para submissão de resumos: 31/05/2025
Data de recebimento dos resumos estendidos (até 12 páginas): 15/09/2025
Enviar para: gmitidieri@gmail.com / fidelrodv@gmail.com